Sindsaúde defende prioridade de servidores em Hospital de São Gonçalo

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A Fundação Leandro Bezerra assumiu a gestão do Hospital Geral Luiza Alcântara e Silva em 04/07/19 e está dispensando os servidores que trabalham na referida unidade de saúde. 


 


A presidente do Sindsaúde, Marta Brandão, acompanhada da dirigente Daniele Nazário e do assessor jurídico, Vianey Martins, participaram de reunião com o secretário da saúde de São Gonçalo do Amarante, Luiz Pessoa, para discutir sobre a transferência de forma arbitrária de servidores do Hospital Luiza Alcântara e Silva para outras unidades. 


 


O secretário informou que 98 servidores devem deixar seus postos no hospital e voltar ao local de origem de acordo com o concurso que prestaram. Ele explicou que a medida está sendo adotada pela Fundação Leandro Bezerra, que assumiu a gestão do hospital no último dia 4 de julho. 


 


No hospital, o clima é de tensão. Os servidores se sentem desrespeitados e desvalorizados. “Estão querendo impor uma mudança na nossa rotina sem sequer nos consultar. Estamos sendo tratadas com desprezo, sem valorizar os anos de serviços prestados neste hospital” – lamenta uma servidora, que trabalha na unidade há 24 anos. Ela conta que os colegas estão sendo humilhados pelos novos gestores, que estão descartando os profissionais para substituir por outros, não concursados.


 


O Sindsaúde quer discutir o assunto junto ao Ministério Público e já protocolou ofício pedindo audiência.  “Precisamos defender a prioridade dos servidores no serviço público de saúde. Não podemos aceitar que os trabalhadores sejam tratados desta forma, sendo transferidos de forma arbitrária, e ainda sem os trâmites legais, informalmente” – afirmou a presidente do Sindsaúde, Marta Brandão.


 


Ainda na reunião, o secretário ficou de se reunir com o Sindsaúde novamente na próxima quarta-feira, 17/07, para passar a lista com os nomes dos servidores que devem ser transferidos. Ele afirmou ainda que somente os sete servidores que ingressaram por concurso para o hospital devem ser mantidos em seus postos na própria unidade de saúde. 


 


O Sindsaúde orienta aos trabalhadores que não atendam ordens verbais e exijam o documento de transferência. Sem isso, eles devem continuar comparecendo ao trabalho e registrando ponto. “Um ato administrativo não pode ser dado informalmente nem por um terceiro de uma empresa prestadora de serviço” – afirma o assessor jurídico do Sindsaúde, Vianey Martins.