Intercept Expõe Oligopólio na Saúde Privada: Sindsaúde Já Vinha Denunciando Lucros às Custas da Exploração dos Trabalhadores

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Uma reportagem do Intercept escancarou o oligopólio na saúde privada, revelando lucros bilionários à custa da exploração dos trabalhadores. O Sindsaúde Ceará, que representa os trabalhadores da saúde no estado, vem denunciando continuamente esse descaso e a exploração praticados por grandes empresas do setor. Recentemente, uma análise profunda do pesquisador Eduardo Magalhães Rodrigues trouxe à tona a verdadeira extensão do poder dessas corporações, que, juntas, formam um oligopólio e controlam significativamente a economia nacional.

AS SETE IRMÃS
Rede D’Or, DASA, Eurofarma, Notre Dame, Amil, Aché e Hapvida – dominam a saúde privada no Brasil. Segundo Rodrigues, essas empresas não apenas monopolizam o setor, mas também detêm um poder econômico e político imenso. Elas controlam outras 192 empresas, fazendo parte do seleto grupo de 1% das corporações que possuem mais de 20% das ações das empresas mais poderosas do Brasil.

LUCROS X VALORIZAÇÃO DOS TRABALHADORES
No Ceará, essas empresas, enquanto lucram bilhões, ignoram as necessidades básicas dos trabalhadores da saúde. Essas corporações tratam seus funcionários como peças descartáveis, explorando ao máximo sem oferecer condições dignas de trabalho.

A dificuldade para o fechamento de acordos e convenções coletivas com essas empresas tem se tornado frequente, frente a propostas que sequer contemplam as necessidades básicas dos trabalhadores.

A luta pelo piso da enfermagem, por exemplo, a qual os sindicatos foram obrigados a negociar nos acordos e convenções coletivas, tem sido outro desafio com essas grandes empresas. “Empresas como as citadas na reportagem, bem como, Unimed, Monte Klinikum, entre outras, vêm propondo valores muito abaixo do estabelecido em lei”, afirma Quintino Neto, presidente do Sindsaúde Ceará.

Lucro Acima da Vida
O anuário utilizado por Rodrigues em seu estudo revela que, em 2019, os 200 maiores grupos empresariais do Brasil controlavam 63,5% do Produto Interno Bruto (PIB) do país. No topo dessa lista, as empresas de saúde privada mostram um poder que transcende o setor, influenciando políticas públicas e decisões econômicas.

“Mas o verdadeiro preço pago pelos trabalhadores e pacientes por esse controle e por esses lucros é triste e desumano.” Reforça Quintino

 

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