Hapvida – Trabalhadores denunciam sobrecarga de trabalho

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Em visita a unidades da Rede Hapvida, dirigentes do Sindsaúde Ceará comprovaram denúncias e solicitaram fiscalização ao Coren Ceará.

Trabalhadores do grupo Hapvida estão sobrecarregados. Nos últimos dias, o Sindsaúde Ceará recebeu inúmeras denúncias de que profissionais da enfermagem estariam sofrendo coação e ameaças.

Com uma demanda aumentada nesse período, principalmente em decorrência das síndromes gripais, profissionais estão adoecidos com o excesso de trabalho sob pressão. No Hospital Antônio Prudente, por exemplo, técnicas de enfermagem da UTI trabalham em plantões de doze horas sem ter disponível sequer locais adequados para sentar-se. Ao final do plantão, não raras vezes, ainda são coagidas a dobrar o plantão, já exaustas, para cobrir colegas que já adoeceram.

A presidente do Sindsaúde, Martinha Brandão, acompanhada das diretoras Adriana Moura, Daniele Nazário, Verônica Matos e Madalena Policarpo e do diretor Glayson Melo, visitaram a unidade de saúde no dia 14/03, onde foram comprovadas as denúncias.

Outras unidades da Rede Hapvida também tem sido alvo de denúncias. No Hospital Luís de França, a superlotação na emergência tem gerado sobrecarga para os profissionais e insatisfação para os usuários. Há relatos inclusive de profissionais sendo agredidos verbalmente e ameaçados por pais revoltados com a demora nos atendimentos. Na última semana, duas profissionais relataram que chegaram a ficar responsáveis por 35 pacientes internados na Sala de Observação. Entre esses pacientes, tinham inclusive casos de isolamento, com Covid e meningite.

No Hospital Maternidade Eugênia Pinheiro, a sobrecarga também compromete a qualidade do atendimento. Na última semana, cinco pacientes que acabaram de passar por uma cesariana estavam sob cuidados de uma única técnica, quando a resolução do Coren prevê uma profissional para cada duas mães operadas.

Sem horário para almoço

Esta denúncia não é nova e já rendeu até ações na Justiça. Mas os patrões do Hapvida seguem cometendo essa infração. Trabalhadores de todas as unidades tem trabalhadores em plantões de doze horas sem horário destinado para o almoço.

Vale ressaltar que o Sindsaúde, por meio de reuniões e ofícios, propôs de forma insistente à gestão do Hapvida que houvesse solução dos impasses por meio administrativo, não ocorrendo, se fez necessária a solicitação de fiscalização do Conselho Regional de Enfermagem do Ceará.

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